Os Festival de Música Popular Brasileira foi um gênero de programa, competitivo e musical, apresentado por várias emissoras de televisão brasileiras (TV Excelsior, TV Record, TV Rio, Rede Globo) a partir de 1965 até 1985.Os Festivais tiveram seu auge de popularidade na década de 60, mais precisamente entre 1966 e 1968, período considerado como a “era de ouro dos festivais” e levaram multidões aos audítórios e ginásios.
Nessa época começaram a surgir protestos das áreas ligadas à cultura e a conscientização popular aumentou. Na musica os artistas sentiram a necessidade de compor canções de cunho social e assim usaram os festivais que foram a mais brilhante fase da nossa música. Por eles passaram compositores da grandeza de Tom Jobim, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo, Geraldo Vandré, Toquinho, Paulo César Pinheiro... Também não foram poucos os intérpretes que chegaram ao sucesso pela via do vestibular dos festivais. Elis Regina, Jair Rodrigues, Os Mutantes, Gal Costa, Amelinha são alguns dos intérpretes, que se arriscaram a levar as mesmas vaias, ovos e tomates que despertaram a ira de Caetano, tudo em busca de um lugar ao sol no cenário da MPB.
Nesses festivais conseguiram reunir e lançar a nata dos novos compositores do país, o que só fez crescer o status de seus participantes. Isso nos mostra que os festivais de música popular são importantes para o processo de formação da música popular brasileira. Mas por onde andam os festivais?
O Crato foi palco de um dos maiores festivais da Canção acontecidos no Brasil. Na década de 1970, os festivais de música realizados na cidade do Crato marcaram época e, por isso, até hoje são lembrados e cobrados pela população.
Não se trata de mero saudosismo, mas de um consenso acerca da importância de eventos dessa natureza como um imprescindível instrumento para o engrandecimento da cultura musical local, regional e nacional. Foi trilhando festivais em terras cratenses, que despontou toda uma geração de músicos e compositores que, ainda hoje, são referências da arte e da música caririense, como Abidoral e Pachelly Jamacaru, Cleivan Paiva, Luiz Carlos Salatiel, João do Crato, José Flávio Vieira, Luís Fidélis, Stênio Diniz, Rosemberg Cariry, Geraldo Urano e muitos outros. Nos anos 90 tivemos 04 edições do CHAMA - Chapada Musical do Araripe evento que impulsionou a realização de outros grandes festivais.
A valorização dos artistas locais, regionais e nacionais, a divulgação dos novos talentos, a impulsão à produção de músicas de qualidade, e a reeducação de nossos jovens no gosto pela boa música, são o combustível maior para que realizemos o Festival Cariri da Canção que nasceu em 2008 com o sentimento determinado de engrandecer o intercâmbio na criação da arte da música; trazendo, mostrando, trocando experiências e talentos, novos e experientes; traduzindo-se em seus dias de realização como uma das maiores iniciativas na direção do fortalecimento do Turismo Cultural e de Conhecimento do Nordeste.
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